Se você está construindo, reformando ou apenas tentando resolver um problema elétrico em casa, uma das dúvidas mais críticas que surge é: qual a tabela de disjuntor para cada bitola de cabo correta? Essa não é apenas uma questão técnica para eletricistas; é uma questão de segurança vital para o seu patrimônio e sua família.
Infelizmente, é muito comum encontrar instalações onde o disjuntor foi dimensionado incorretamente. O resultado? Desde o desarme constante do circuito (aquela queda de energia chata quando liga o chuveiro) até incêndios silenciosos que começam dentro das paredes. A eletricidade não perdoa erros de cálculo.
Neste guia completo e atualizado para 2025, vamos desmistificar as regras da norma NBR 5410. Você terá acesso a uma tabela de disjuntor para cada bitola detalhada, entenderá por que o dimensionamento errado é perigoso e aprenderá a identificar se a sua instalação está segura. Prepare-se para um conteúdo robusto que vai muito além do básico.
O Que Determina a Tabela de Disjuntor para Cada Bitola?
Antes de olharmos os números, precisamos entender a lógica. Muitas pessoas acreditam que o disjuntor serve para proteger o eletrodoméstico (como o chuveiro ou o ar-condicionado), mas isso é um mito. O principal objetivo do disjuntor é proteger os cabos elétricos.
Quando a corrente elétrica passa por um cabo, ela gera calor. Se essa corrente for maior do que a bitola (espessura) do cabo suporta, o isolamento de PVC começa a derreter. É aqui que entra a tabela de disjuntor para cada bitola. O disjuntor deve funcionar como um “fusível inteligente”: ele deve desarmar antes que o cabo atinja uma temperatura perigosa.
Portanto, a regra de ouro da engenharia elétrica é:
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Capacidade do Disjuntor ≤ Capacidade do Cabo
Nunca coloque um disjuntor maior do que o fio aguenta. Se o fio aguenta 24 Amperes, o disjuntor deve ser de, no máximo, 20A ou 25A (dependendo das condições de instalação).
Por Que Ignorar o Dimensionamento Correto é um Risco?
Seguir a tabela de disjuntor para cada bitola não é preciosismo, é física pura. Ignorar essas especificações pode trazer três grandes problemas que afetam diretamente o seu bolso e sua segurança:
1. O Perigo do “Superaquecimento Invisível”
Se você usar um disjuntor de 40A em um cabo de 2,5mm² (que suporta apenas 24A), o sistema vai funcionar. O chuveiro vai ligar, a luz vai acender. Porém, dentro da parede, o cabo estará operando acima do limite, virando uma resistência incandescente. Com o tempo, o isolamento resseca, racha e causa curtos-circuitos que podem iniciar incêndios.
2. Desperdício de Energia (Efeito Joule)
Cabos subdimensionados ou mal protegidos esquentam. Calor é energia desperdiçada. Uma instalação fora da norma pode aumentar sua conta de luz significativamente, pois você está pagando para aquecer a parede, e não para alimentar seus aparelhos.
3. Desarme Constante (O Falso Problema)
Muitas vezes, o disjuntor cai porque está fazendo o trabalho dele corretamente: protegendo um circuito sobrecarregado. O erro clássico do leigo é trocar o disjuntor por um maior sem trocar a fiação. Isso elimina o sintoma (o desarme), mas agrava a doença (o risco de incêndio). Consultar a tabela de disjuntor para cada bitola correta evita essa armadilha.
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Guia Prático: A Tabela de Disjuntor para Cada Bitola (NBR 5410)
Abaixo, apresentamos as tabelas definitivas para consulta rápida. Elas foram baseadas no método de instalação mais comum no Brasil: condutores de cobre isolados em PVC, instalados em eletroduto embutido na alvenaria (parede), com dois condutores carregados (Fase + Neutro ou Fase + Fase).
1. Instalações Residenciais (Baixa Tensão)
Referência: NBR 5410 (Eletroduto embutido, Cabos PVC 70°C, 2 condutores carregados).
| Bitola (mm²) | Corrente Máx. Cabo | Disjuntor Recomendado | Uso Típico |
|---|---|---|---|
| 1,5 mm² | ~ 17,5 A | 10 A ou 16 A | Iluminação |
| 2,5 mm² | ~ 24 A | 20 A | Tomadas de Uso Geral |
| 4,0 mm² | ~ 32 A | 25 A ou 32 A* | Chuveiro comum, Ar-condicionado |
| 6,0 mm² | ~ 41 A | 32 A ou 40 A | Chuveiro potente, Forno elétrico |
| 10,0 mm² | ~ 57 A | 50 A | Quadro parcial, Entrada monofásica |
| 16,0 mm² | ~ 76 A | 63 A | Entrada de energia padrão |
2. Cabos de Entrada e Alta Potência
Ideal para Padrões de Entrada e Indústria (Geralmente utiliza-se Disjuntores Caixa Moldada).
| Bitola (mm²) | Corrente Máx. Cabo | Disjuntor Recomendado | Limite Máximo |
|---|---|---|---|
| 25 mm² | ~ 101 A | 80 A | 100 A |
| 35 mm² | ~ 125 A | 100 A | 125 A |
| 50 mm² | ~ 151 A | 125 A | 150 A |
| 70 mm² | ~ 192 A | 150 A ou 160 A | 175 A |
| 95 mm² | ~ 232 A | 200 A | 225 A |
| 120 mm² | ~ 269 A | 225 A | 250 A |
Nunca utilize um disjuntor com corrente maior do que a suportada pelo cabo. O disjuntor serve para proteger a fiação.
Fatores que Podem Alterar a Tabela (Agrupamento e Distância)
A tabela de disjuntor para cada bitola apresentada acima funciona perfeitamente para 90% dos casos residenciais simples. No entanto, para garantir um projeto profissional (E-E-A-T), precisamos discutir os fatores de correção que muitos “eletricistas de fim de semana” ignoram.
1. Fator de Agrupamento de Circuitos
Imagine que você está em um ônibus vazio. É fresco e confortável. Agora, imagine esse ônibus lotado no verão. O calor aumenta drasticamente, certo? O mesmo acontece dentro dos eletrodutos.
Se você passar muitos fios (circuitos diferentes) dentro do mesmo tubo, eles trocam calor entre si. A norma NBR 5410 exige que apliquemos um “fator de redução”. Por exemplo:
- 1 Circuito no tubo: Cabo 2,5mm² suporta 24A.
- 3 Circuitos no tubo: O mesmo cabo suporta apenas cerca de 17A (Fator 0.70).
Nesse cenário de agrupamento, se você usar o disjuntor de 20A indicado na tabela padrão, você estará colocando sua instalação em risco. O correto seria baixar para um disjuntor de 16A.
2. Queda de Tensão por Distância
A eletricidade perde força ao viajar longas distâncias. Se o seu relógio medidor fica a 50 metros da casa, um cabo de 10mm² pode não ser suficiente para entregar a tensão correta (127V ou 220V), mesmo que ele suporte a amperagem. Nesses casos, aumentamos a bitola do cabo (para 16mm² ou 25mm²) para garantir que a energia chegue com qualidade, mas o disjuntor deve continuar dimensionado para proteger a carga ou o ponto mais fraco do circuito.
Não é Só Amperagem: Entendendo as Curvas B, C e D
Além de saber a tabela de disjuntor para cada bitola, você precisa escolher a “Curva” correta. Você já notou que os disjuntores têm uma letra antes do número (ex: C20, B16)? Isso indica a curva de disparo.
- Curva B (Sensível): Dispara rápido. Ideal para proteger circuitos resistivos e longos, como chuveiros elétricos, aquecedores e tomadas de uso comum muito distantes. Ele desliga se a corrente subir de 3 a 5 vezes a nominal rapidamente.
- Curva C (Padrão): O mais comum nas residências. Ideal para cargas indutivas médias, como ar-condicionado, geladeiras, máquinas de lavar e iluminação fluorescente/LED. Ele tolera o pico de partida dos motores sem desarmar à toa.
- Curva D (Industrial): Pouco usado em casas. Feito para grandes motores e transformadores que têm um pico de partida muito alto.
Para uso doméstico geral, se você estiver em dúvida, o Curva C costuma ser a escolha curinga para tomadas, enquanto o Curva B é excelente para chuveiros e circuitos puramente resistivos.

Conclusão
A eletricidade é uma força poderosa que deve ser tratada com respeito e conhecimento. Consultar a tabela de disjuntor para cada bitola é o primeiro passo para uma instalação segura, mas não é o único. Lembre-se sempre que o disjuntor existe para sacrificar-se em prol da fiação. Se ele está desarmando, ele está te avisando que algo está errado: ou há sobrecarga, ou curto-circuito, ou mau contato.
Ao realizar reformas, evite o “jeitinho”. A economia de comprar um cabo mais fino ou manter um disjuntor inadequado pode custar muito mais caro no futuro. Utilize as tabelas deste artigo como referência segura, baseada na norma NBR 5410, e garanta a tranquilidade da sua família.
Se o seu projeto envolve longas distâncias, muitos circuitos agrupados ou cargas industriais, a recomendação final é sempre consultar um engenheiro eletricista ou técnico capacitado para um dimensionamento personalizado.
Perguntas Frequentes Sobre Qual Disjuntor para Cada Bitola de Cabo? Guia Completo e Tabela (NBR 5410)
1. Posso usar um disjuntor maior se o meu ficar caindo?
Não! Isso é extremamente perigoso. Se o disjuntor cai, é porque a corrente está acima do limite. Colocar um disjuntor maior sem trocar a fiação fará com que o fio superaqueça e pode causar incêndio. Se precisar de mais potência, troque a fiação e o disjuntor juntos.
2. Qual disjuntor usar para chuveiro 7500W em 220V?
Para um chuveiro de 7500W em 220V, a corrente é de aproximadamente 34 Amperes. Pela tabela de disjuntor para cada bitola, você deve usar um cabo de 6,0mm² e um disjuntor de 40A.
3. A tabela muda se a voltagem for 127V ou 220V?
A capacidade do cabo (em Amperes) é a mesma. Porém, em 220V, a mesma potência consome metade da corrente do que em 127V. Por isso, aparelhos 220V permitem usar fios mais finos. Sempre calcule a corrente (Amperes) dividindo a Potência (Watts) pela Voltagem (Volts).
4. O que é melhor: disjuntor preto (NEMA) ou branco (DIN)?
O disjuntor branco (DIN) é muito superior e mais seguro. Ele tem uma precisão maior de disparo e responde melhor a sobrecargas leves e curtos-circuitos. O padrão NEMA (preto antigo) já está obsoleto para quadros de distribuição interna em novas instalações.
5. Posso usar cabo flexível ou tem que ser rígido?
Ambos têm praticamente a mesma capacidade de condução de corrente se a bitola for a mesma. O cabo flexível é muito mais fácil de passar pelos eletrodutos e fazer curvas, sendo a preferência absoluta nas instalações modernas. Apenas certifique-se de usar terminais ilhós nas pontas para conectar ao disjuntor.
6. Onde encontro a norma oficial?
Todas as informações técnicas deste artigo são baseadas na NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que regula as instalações elétricas de baixa tensão no Brasil.

Leonardo é engenheiro civil desde 2016 e criador do Bowl Idea, um projeto que une engenharia, criatividade e inspiração para transformar espaços em verdadeiros refúgios. Apaixonado por arquitetura funcional, minimalismo e elementos naturais, compartilha ideias acessíveis para quem busca praticidade com estilo. Atua também com soluções digitais e gestão de projetos, integrando inovação e experiência técnica em cada proposta.

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